Dados do Trabalho

Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DAS INTERNAÇOES POR NEOPLASIA DE BEXIGA NO BRASIL POR FAIXA ETARIA E SEXO NOS ANOS DE 2012-2022

Introdução e Objetivo

A neoplasia maligna de bexiga é a mais comum do trato urinário, sendo os sintomas preponderantes a hematúria e a disúria, com o diagnóstico podendo ser realizado através de exames de urina, ultrassonografia, tomografia computadorizada e cistoscopia. O tratamento é de acordo com o grau da doença, sendo opções terapêuticas a ressecção transuretral, cistectomia, radioterapia e quimioterapia. Tabagismo, consumo de álcool, obesidade são fatores que interferem na incidência do câncer de bexiga nas diferentes regiões. Estudar o perfil epidemiológico das internações decorrentes da neoplasia de bexiga no Brasil, em relação à faixa etária e ao sexo, entre os anos de 2012 a 2022.

Método

Foi realizado um estudo transversal, documental e observacional, com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil a respeito das internações ocorridas de 2012 a 2022 por neoplasia de bexiga em relção a faixa etária e o sexo dos indivíduos acometidos no país.

Resultados

Entre os anos analisados, no Brasil, houveram 179.091 internações por neoplasia de bexiga, os quais 126.650 são do sexo masculino e 52.441 do sexo feminino. Em relação à faixa etária, houve maior incidência na idade dos 60 aos 69 anos, que totalizaram 57.102 internações, seguido dos com 70 a 79 anos com 53.992, maiores de 80 anos com 28.102, 50 aos 59 anos com 27.160, 40 aos 49 anos com 8.118, 30 aos 39 anos com 2.788 e os menores de 30 anos com 1829 internações. Em relação à faixa etária e sexo, em ordem crescente, houve maior número no sexo masculino independente da faixa etária, sendo os homens menores de 30 anos com 1162 internações, 30 aos 39 anos com 1560, 40 aos 49 com 5.014, 50 aos 59 anos com 17.541, 80 anos ou mais com 20.517, 60 aos 69 anos 40,585 e, 70 aos 79 anos com 40.271 internações masculinas.

Conclusão

Podemos observar uma prevalência entre o sexo masculino, em todas as faixas etárias. Observa-se que essa doença é um problema com diversos fatores, principalmente, com o tabagismo, prevalente no sexo masculino. Apesar do crescimento entre mulheres, há uma maior busca do sistema de saúde por estas, o que leva ao diagnóstico precoce e menor complicação. Referente a faixa etária, há uma maior incidência na faixa etária de 60 aos 69 anos, sendo o menor número de internações os menores de 30 anos. Ademais, o número de internações total anual manteve-se estável com discreto crescimento ao longo dos anos, não ocorrendo decréscimo, o que demonstra a grande relevância do tema para o sistema público de saúde.