Dados do Trabalho

Título

EFEITO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA DE MICROCORRENTE NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL APÓS PROSTATECTOMIA RADICAL – ESTUDO PILOTO

Introdução e Objetivo

Introdução: A disfunção erétil (DE) afeta 45% dos homens brasileiros e é considerado problema de saúde pública. Já  DE pós prostatectomia radical (PTR) é uma forma própria de DE, sendo uma das principais complicações acomentendo 14 a 90%. A estimulação elétrica com microcorrente é uma categoria de estimulação elétrica terapêutica não-invasiva, com resultados promissores. Objetivo: Avaliar o efeito da estimulação elétrica na DE pós prostatectomia radical por meio dos questionários: Índice Internacional de Função Erétil-5 (IIFE-5) e Erection Hardness Score (EHS).

Método

Estudo com amostra composta por pacientes submetidos à PTR aberta, entre 40 a 75 anos de idade e diagnóstico de DE pós prostatectomia (escore do IIFE-5 inferior a 22) em pós operatório de 5 a 78 meses. A intervenção consistiu em aplicação da eletroestimulação peniana transcutânea de baixa intensidade abaixo do limiar motor, alternando 10 Hz a 300 Hz. A corrente foi aplicada por meio de dois eletrodos autoadesivos, aplicados na superfície dorsal do pênis, conectados a um estimulador elétrico Mettler modelo 240, programado para cinco tipos de corrente de baixa frequência. A sessões duraram 45 minutos e foram realizadas duas vezes na semana, por 8 semanas. Os pacientes foram avaliados dois meses antes de iniciar tratamento, ao final do tratamento e 6 meses após através do IIFE-5 e EHS.

Resultados

10 pacientes foram submetidos a intervenção. A média e o desvio-padrão (DP) do questionário IIFE-5 Baseline na pré-intervenção foi de 9,7 (DP: ±2,8 e ± 2,9); após o período de 8 semanas de intervenção (pós-intervenção) de 16,6 (DP: ±4,9); e após acompanhamento de 6 meses (follow up) foi 16,9 (DP: ±4,6), p<0,001. A média e o DP do EHS Baseline e pré intervenção foi de 1,6 (DP: ±0,5); após o período de 8 semanas de intervenção (pós-intervenção) 2,6 (DP: ±0,8); e após acompanhamento de 6 meses (follow up) de 2,8 (DP: ±0,7), p<0,0001).

Conclusão

A microestimulação foi benéfica para o tratamento da disfunção erétil em pacientes submetidos a PTR aberta com efeito duradouro.