Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR NEOPLASIA DE BEXIGA NO BRASIL
Introdução e Objetivo
A neoplasia maligna de bexiga é um tipo de câncer que está associado a fatores de risco, como tabagismo, infecções crônicas do trato urinário, história familiar da doença e idade avançada. A taxa de mortalidade varia de acordo com o estágio do câncer no momento do diagnóstico, a resposta ao tratamento e fatores individuais. A detecção precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar as taxas de sobrevivência e reduzir a morbidade e a mortalidade associadas a doença. Sendo assim, esse estudo tem o objetivo de analisar internações, óbitos e taxas de mortalidade por neoplasia maligna de bexiga nas diferentes regiões do Brasil.
Método
Foi conduzido um estudo quantitativo, observacional e descritivo com base em dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde, analisando internações, óbitos e taxas de mortalidade por neoplasia maligna de bexiga no período compreendido entre 2013 e 2022.
Resultados
Durante o período analisado, registrou-se um total de 167.758 internações por neoplasia de bexiga em todo o país. A região Sudeste concentrou a maior proporção de casos (55,9%), seguida pelo Sul (21,8%), Nordeste (15,3%), Centro-Oeste (5,2%) e Norte (1,9%). Em relação aos óbitos, foram contabilizadas 10.909 mortes atribuídas à doença. O Sudeste teve a maior proporção de óbitos, representando 53,8% do total, enquanto a região Norte possui a menor, com 2,69%. Ao considerar as taxas de mortalidade, observou-se uma taxa de 6,5% no Brasil. Nas diferentes regiões, as taxas variaram, sendo a mais alta no Norte (9,3%) e a segunda mais alta no Centro-Oeste (7,3%).
Conclusão
As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram números absolutos mais elevados de internações e óbitos por neoplasia de bexiga, o que é coerente com o fato dessas duas regiões serem as mais populosas do país. Embora as regiões Norte e Centro-Oeste tenham registrado menor número de internações e óbitos, apresentam as taxas de mortalidade mais altas. Isso pode ser atribuído a fatores como desafios no acesso aos serviços de saúde, diagnóstico tardio e menor disponibilidade de recursos médicos e infraestrutura adequada. Assim sendo, são necessários mais estudos para compreender os fatores determinantes das diferentes relações entre internações e taxas de mortalidade nas regiões do Brasil.
Área
Uro-Oncologia
Instituições
Universidade de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
ANNA CAROLYNE BARBOSA FARIAS, MARIA EDUARDA SOUZA DA SILVA, TOMÁS SOARES SANTANA, RAÍRA YANA LIMA BARBOSA, IHAGO GABRIEL SILVESTRE DEONÍSIO, GIOVANNA EMYLLE SENA DIAS, PRISCILA MARIA DE BARROS RODRIGUES, BRENO GUSMÃO FERRAZ, VALDA LÚCIA MOREIRA LUNA, GEORGE ALESSANDRO MARANHÃO CONRADO