Dados do Trabalho
Título
ANALISE DAS INTERNAÇOES E MORTALIDADE POR CANCER DE BEXIGA NO BRASIL NOS ANOS DE 2012 A 2020
Introdução e Objetivo
A neoplasia maligna de bexiga é a segunda mais comum do trato geniturinário, sendo um destaque visto o seu grande grau de morbidade para a sociedade, mesmo que essa patologia tenha, em geral, um bom prognóstico. Dessa maneira, a compreensão do perfil epidemiológico das internações desta afecção é importante para conhecer o panorama dessa patologia e, posteriormente, estabelecer estratégias de intervenção. Avaliar o perfil epidemiológico das internações hospitalares por câncer de bexiga no Brasil, no período de 2012 a 2022.
Método
Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, retrospectivo e descritivo, que se utiliza de dados secundários, acerca do perfil epidemiológico das internações por neoplasia de bexiga de 2012 e de 2022 no Brasil. As variáveis utilizadas foram caráter de internação, sexo, faixa etária, etnia. Os dados foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), coletados pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Os dados foram analisados no programa Excel - 2019.
Resultados
Durante o período analisado houve um total de 179.079 internações por câncer de bexiga, sendo 108.880 (60,8%) de caráter eletivo e 70.198 (39,2%) de caráter emergencial. A região mais acometida foi a Sudeste, com 104.044 (58,1%) dos casos. Há um predomínio de internações do sexo masculino (69,9%). Os idosos entre 60 a 79 anos com 111028 foi a faixa mais acometida (61,9%). A etnia branca foi a mais acometida, com 52,6% das internações, seguida da etnia parda, com 28,4%. Na década analisada, houve um total de 11.469 óbitos, caracterizando uma taxa de letalidade de 6,40%. O ano com maior número de mortes decorrentes da neoplasia maligna de bexiga foi 2021, com 1.235 óbitos. Em contrapartida, o ano com maior taxa de letalidade foi 2015, com 6,99% de 1.005 óbitos das internações.
Conclusão
Assim, podemos concluir que existe um número elevado de internações decorrentes do câncer de bexiga na última década, sendo a maioria por caráter eletivo e de pacientes do sexo masculino, branco, na faixa etária dos 60 a 79 anos. Além disso, a região Sudeste apresentou maior número de internações pela doença, seja por fatores populacionais, por melhores condições de diagnóstico, ou maior incidência da patologia. Em 2015 houve uma maior taxa de letalidade, porém o número de óbitos subiu em 2021. Logo, é evidente a necessidade que o diagnóstico e intervenções terapêuticas sejam feitas, para evitar o número crescente de mortes pela patologia.
Área
Uro-Oncologia
Instituições
UNIFACS - Bahia - Brasil
Autores
ANA SILVIA SANTOS DE SOUSA, ANA JÚLIA NASCIMENTO SANTOS, ALINE FERRAZ DE MELO SANTOS, CLARA VOIGT COUTINHO, ANAILTON LEAL FONSECA, EDWARD ALEXANDRE FRADE BEDDETTI