39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

EXPANSAO DA INDICAÇAO DE TERAPIA DE PRESERVAÇAO VESICAL NO CANCER DE BEXIGA: REAVALIAÇAO APOS NEOADJUVANCIA PERMITE A EXPANSAO DE PRESERVAÇAO EM CASOS SELECIONADOS.

Introdução e Objetivo

Introdução: O tratamento de primeira linha do câncer de bexiga músculo invasivo localizado é a cistectomia radical precedido pela quimioterapia neoadjuvante. A terapia de preservação vesical é uma opção para um grupo seleto de pacientes. Para expandir a indicação de preservação vesical em situações mais adversas, a neoadjuvância pode ser utilizada, embora este não seja um tratamento com elevado nível de evidência e recomendado nos guidelines atuais.  Apresentamos a seguir nossa experiência com pacientes que não são bons candidatos a preservação vesical, mas que após serem submetidos a neoadjuvância tornam-se elegíveis à preservação vesical.


Objetivo:  Reportar as complicacoes pós quimioterapia, resultados oncológicos, sobrevida livre de progressão de doença e sobrevida global de pacientes selecionados com doença músculo invasiva localizada submetidos a  neoadjuvancia seguida de terapia de preservação vesical.

Método

Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 13 pacientes com câncer de bexiga músculo invasivo localizado que tiveram excelente resposta à quimioterapia neoadjuvante, entretanto se mostraram inelegíveis, recusaram a cistectomia radical ou optaram por alguma forma de preservação vesical. Foram tratados com terapia trimodal (TMT) ou cistectomia parcial (CP). Foram avaliados os esquema de neoadjuvância utilizados (medicamentos e números de ciclos), a terapia de preservação vesical optada, tempo de recidiva (local ou à distância), complicações e tratamentos adicionais.

Resultados

Resultados: Todos possuíam doença localizada única, supratrigonal e sem carcinoma in situ associado. Dentre os 13 pacientes, 8 (62 %)  foram submetido à uma combinação de cisplatina + gencitabina, 2 (15,3%) carboplatina + gencitabina e 3 (23,2 %) com MVAC (Metotrexato, vinblastina, doxorubicina e cisplatina)  como esquema neoadjuvante. A toxicidade hematológica (38%) foi a mais prevalente. Como terapia de preservação vesical 8 (62%) casos foram submetidos à CP, todos com margem cirúrgica negativa e livre de comprometimento linfonodal.  Apenas uma CP apresentou recidiva local. Dentre os 5 (38 %) casos submetidos à TMT, durante o seguimento à curto-prazo, apenas um teve progressão da doença com metástase hepática e pulmonar. Até o momento não foi necessária nenhuma cistectomia de resgate em ambos os grupos.

Conclusão

Conclusão: A terapia de preservação vesical após neoadjuvância, é capaz de trazer resultado oncológico adequado, em casos selecionados.

Área

Uro-Oncologia

Instituições

Disciplina de Urologia do Centro Universitário FMABC- Santo André-São Paulo. - São Paulo - Brasil

Autores

KHALIL SMAIDI, ALEXANDRE KYOSHI HIDAKA, RAFAEL EHRENFREUND, CAIQUE FERNANDES ALVES, AILTON HEITOR ALMEIDA CARVALHO, YASSER OMAR DALLE, MIELLIO MELLO GALDINO, JOSE HENRIQUE SANTIAGO DALLACQUA, FERNANDO KORKES, SIDNEY GLINA