39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

PREDITORES DE PATOLOGIA DESFAVORAVEL APOS PROSTATECTOMIA RADICAL

Introdução e Objetivo

Introdução: A vigilância ativa é uma das formas preferenciais no tratamento do câncer de próstata de baixo risco. Entretanto, um número não desprezível de pacientes apresentam progressão da doença durante os primeiros anos de seguimento, sugerindo subestadiamento da doença na avaliação inicial.

Objetivos: Avaliar os fatores preditores de patologia desfavorável em pacientes com câncer de próstata de baixo risco. O objetivo secundário foi avaliar resultados oncológicos nos pacientes que apresentaram patologia favorável e desfavorável. 

Método

Foi realizada uma análise retrospectiva longitudinal do prontuário de pacientes submetidos a prostatectomia radical no serviço de Urologia do Hospital Santa Casa de Curitiba entre 1996 e 2019. Do total de 585 pacientes com dados completos ou incompletos, foram selecionados 249 casos com critérios de inclusão para CaP de baixo risco (isto é, Gleason<7 e cT2a ou menor e PSA≤10mg/dl). O desfecho primário avaliado foi a presença de patologia adversa na peça cirúrgica após a prostatectomia radical, que foi definida como escore de Gleason (GS) ≥7 ou presença de extensão extra-prostática (≥pT3) na peça cirúrgica. Como desfecho secundário foi avaliado o resultado oncológico definido pela recidiva bioquímica, sendo comparados os resultados dos pacientes com patologia favorável e desfavorável. A recidiva bioquímica (RBQ) foi definida como 2 aumentos consecutivos do PSA acima de 0,2 ng/dL. Foram analisadas as variáveis idade, estadiamento clinico inicial, PSA total inicial, número de fragmentos retirados na biópsia, número de fragmentos acometidos, presença margem positiva na peça e recidiva bioquímica. As variáveis analisadas foram: PSA inicial, número de fragmentos obtidos na biópsia, número de fragmentos positivos e maior porcentagem de um único fragmento comprometido, estadio clínico e recidiva bioquímica. Valor de p≤0,05 foi considerado como indicador de significância estatística.

Resultados

Conclusão

Os resultados deste trabalho nos permitem concluir que a idade e o valor do PSA são fatores preditores de patologia desfavorável naqueles pacientes elegíveis para VA. Dessa forma, pacientes mais jovens seriam melhores candidatos para VA. Além disso, o estadiamento clínico e o número de fragmentos positivos na biópsia não teve relação com a elevação do estadio.  Podemos inferir que os pacientes em VA com maior idade e PSA estão sob risco de subestadiamento, nos quais poderiam ser realizados testes adicionais, para melhor estratificação e conduta.

Área

Uro-Oncologia

Instituições

SANTA CASA DE CURITIBA - Paraná - Brasil

Autores

RAFAEL DIAS DA CUNHA, RICARDO EHLERT, AQUILES JOSE FRIDRICHSEN, HENRIQUE BURGER, JOAO DIAS NETO, IAGO RODRIGUES COSTA, GABIEL BOBATO, ARI ADAMY JUNIOR, JOAO CARLOS SCHNEIDER MICHELOTTO, EDUARDO WEI KIN CHIN