39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

OBITOS POR NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA NO ESTADO DA BAHIA DE 2003 A 2022: UM ESTUDO ECOLOGICO DE SERIE TEMPORAL.

Introdução e Objetivo

Introdução: O câncer de bexiga é uma formação maligna nas células que revestem a parte interna da bexiga, um órgão muscular, elástico e oco, cuja função é armazenar a urina dos rins e excretá-la pela uretra. Essa malignidade é classificada de acordo com a alteração das células e divide-se em três tipos: carcinoma de células transicionais, que se inicia nas células do tecido mais interno da bexiga; carcinoma de células escamosas, que afeta as células finas e planas que podem surgir na bexiga após infecção ou irritação prolongada e adenocarcinomas iniciados nas células glandulares que podem se formar na bexiga após irritação ou inflamação prolongada. Os principais fatores de risco para o câncer de bexiga incluem tabagismo, radioatividade pélvica, infecções de repetição e exposição ocupacional à agentes químicos utilizados na fabricação de borracha, couro e corantes. Objetivo: Analisar a variação do número de óbitos de pacientes acima de 60 anos por neoplasia maligna de bexiga no estado da Bahia no período de 2003 a 2022.

Método

Metodologia: É um estudo ecológico de série temporal que analisou o número de óbitos por neoplasia maligna de bexiga no estado da Bahia de janeiro de 2003 a dezembro de 2022. Os dados foram coletados da Plataforma Tabnet (DATASUS) e analisados segundo as variáveis faixa etária, sexo e ano de ocorrência.

Resultados

Resultados: Ao longo de 20 anos, entre 2003 e 2022, houve um aumento significativo de 330,7% no número de óbitos de pacientes acima de 60 anos. O maior aumento anual foi entre 2008 e 2009, quando a taxa aumentou em 114%. O ano de 2022 apresentou a maior quantidade de óbitos desde 2003 e a faixa etária entre 70 e 79 anos foi a mais prevalente. A partir de 2012, o número de óbitos na faixa etária entre 60 e 69 anos aumentou. Em relação a variável sexo, observou-se que a quantidade de óbitos no sexo masculino é aproximadamente três vezes maior que no sexo feminino.

Conclusão

Conclusão: Os dados do estudo comprovam que o óbito de pessoas do sexo masculino é mais prevalente, portanto, é uma variável a ser explorada. Além disso, o grande aumento na mortalidade ao longo dos anos revela a necessidade de mais pesquisas a respeito dessa temática.

Área

Uro-Oncologia

Instituições

UNIME - Bahia - Brasil

Autores

ANNA KLARA BREMER MOREIRA, ANA CLARA ALMEIDA COSTA, LORENA NOVAES VIANA , LUCAS FREDERICO SILVEIRA AMORIM, BEATRIZ SAMPAIO MOREIRA , FERNADA LESSA CAMPOS, JULIANA MEDEIROS LOPES