Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA E MORTALIDADE DA UROLITIASE POR FAIXA ETARIA E SEXO NO BRASIL ENTRE 2018 E 2022: UM ESTUDO DESCRITIVO

Introdução e Objetivo

A urolitíase é uma doença de prevalência significativa no Brasil, com 31,7 casos a cada 100.000 habitantes. Essa enfermidade tem como seus principais fatores de risco a idade, o histórico familiar, a dieta e os fatores ambientais. Apesar de muitas vezes ter resolução simples e efetiva, é importante ressaltar os casos de óbitos, justificando a necessidade de novos estudos, a fim de providenciar um melhor entendimento contextual da urolitíase e uma melhor qualidade de vida aos portadores dessa condição. Esse trabalho tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico da urolitíase, de acordo com sexo, cor/raça e faixa etária, e seu perfil de mortalidade, conforme variáveis de sexo e de faixa etária no período de 2018 a 2022.

Método

Estudo descritivo, transversal e retrospectivo realizado a partir da coleta de dados disponibilizados pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), acerca da morbidade hospitalar, sexo, faixa etária e óbitos no período de 2018 a 2022. As informações foram analisadas por estatística descritiva.

Resultados

Nesse período, houve 430.003 internações por urolitíase, havendo maior prevalência no sexo masculino, com 218.363 (50,78%), ao passo que foram notificadas 211.640 internações (49,22%) entre o sexo feminino. Os brancos e pardos foram os mais acometidos, com prevalência de 191.414 (44,51%) e 139.992 (32,55%), respectivamente. No que tange à faixa etária, a maior prevalência compreendida no sexo masculino foi a de 40-49 anos, com 50.293 (23,03%%) e no sexo feminino foi de 30-39 anos, com 46.647 (22,04%). Houve 1.520 óbitos por urolitíase, havendo maior prevalência no sexo feminino, com 782 óbitos (51,44%), enquanto 738 (48,56%) foram do sexo masculino. A taxa de mortalidade foi maior à medida que a faixa etária cresceu, tendo sido mais significativa entre aqueles com 80 anos ou mais, representando 3,61% entre os homens e 4,70% entre as mulheres nessa faixa etária.

Conclusão

A partir da análise dos dados, verificou-se que embora a maior prevalência não tenha ocorrido entre idosos, estes corresponderam ao público com maior número de óbitos proporcionais à prevalência nessa faixa etária, evidenciando a necessidade de haver uma maior observação dos sintomas da urolitíase e das medidas preventivas para esta população, visto que as suas complicações podem ser mais graves.