Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO DA VELOCIDADE DE PICO SISTOLICO DAS ARTERIAS CAVERNOSAS COMPARADO COM ERECTION HARDNESS SCORE

Introdução e Objetivo

 Estudos populacionais evidenciam a alta prevalência e incidência de Disfunção Erétil (DE) no mundo. Aproximadamente quatro em cinco pacientes com DE apresentam alguma disfunção orgânica que justifica a etiologia de tal condição, sendo a causa vasculogênica responsável pela maioria dos casos. Na prática clínica existem métodos clínicos que mensuram de maneira indireta o status hemodinâmico da ereção do paciente e métodos radiológicos. O objetivo do estudo é avaliar a velocidade de pico sistólico em comparação com a escala de rigidez de ereção.

Método

Estudo transversal com pacientes que tiveram diagnóstico clínico de disfunção erétil. Foi realizado Ultrassonografia de Pênis com Fármaco-Indução (UPFI) com coleta de dados clínicos da estrutura anatômica do pênis e dados hemodinâmicos durante a ereção - Velocidade do Pico Sistólico (VPS) das artérias cavernosas. Foi aplicado a Erection Hardness Score (EHS) como forma de avaliar a rigidez peniana após uma ereção. Pontuação de 0 a 2, o pênis apresenta uma tumescência, porém não forte o suficiente para permitir uma penetração e pontuações 3 ou 4 são suficientes para o intercurso sexual com penetração. Foi realizada estatística descritiva e utilizado o Teste de Wilcoxon adotando p<0.05 no programa estatístico R.

Resultados

Participaram deste estudo 117 participantes, 18 pacientes foram excluídos por perda de dados, 42 pacientes apresentaram EHS < 2 e 57 EHS > 3. Dos pacientes EHS < 2 a VPS média foi de 34,2 cm/s e mediana 29,5 cm/s. Os pacientes com EHS > 3 a VPS média foi de 48,8 cm/s e mediana 43,9 cm/s. A comparação da VPS com EHS < 2 e EHS > 3 apresentou diferença (p-valor = 0,01).

Conclusão

Homens com disfunção erétil avaliados com  Ultrassonografia de Pênis com Fármaco-Indução que apresentam EHS > 3 tiveram a VPS superior aos pacientes com EHS < 2.