Dados do Trabalho

Título

CANCER DE BEXIGA – MORBI-MORTALIDADE E GASTOS NO NORDESTE

Introdução e Objetivo

O Câncer de Bexiga (CaB) é uma condição de saúde comum e desafiadora que afeta milhares de pessoas em todo o mundo caracterizado pelo crescimento anormal de células na bexiga, esse tipo de câncer pode ter sérias implicações na qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes. Fatores de risco como tabagismo, exposição a substâncias químicas e infecções crônicas do trato urinário estão associados ao seu desenvolvimento. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar os resultados clínicos e a sobrevida dos pacientes afetados por essa doença.   O objetivo do trabalho é analisar, estatisticamente, os perfis epidemiológicos dos quadros de CaB no Nordeste, entre os anos de 2008 a 2022, segundo as principais características da patologia. Como este é um banco de dados de domínio público, não houve necessidade de aprovação do comitê de ética.

Método

Trata-se de estudo epidemiológico descritivo. Os dados foram coletados do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), representando tempo de permanência no hospital, mortalidade e custos hospitalares por neoplasia maligna de bexiga (CID-10) entre 2008 e 2022. 

Resultados

De acordo com o DATASUS de 2008 a 2022, 32.234 pacientes foram internados no nordeste por CaB, sendo 22.029 homens (68,3%) e 10.205 mulheres (31,7%). Ademais, 9.475 (29,4%) pacientes pertencem a faixa etária dos 60 a 69 anos. A taxa de mortalidade anual geral no período foi de 6,85% no Nordeste, sendo de 6,7% nos homens e 7,18% nas mulheres. A média de permanência hospitalar foi 7,4 dias com custo médio por internação de R$2626 em homens e R$2590 em mulheres.

Conclusão

Câncer de Bexiga é uma doença de morbi-mortalidade significante em nossa região, demandando políticas específicas de controle de fatores de risco de longo prazo com o intuito de a reduzir sua frequência. É importante se atentar ao fato de que a nossa região representa um gasto anual da ordem de 68 milhões de reais com a hospitalização de pacientes com a doença, cabendo assim uma melhor gestação publica com estimulo a medidas preventivas, bem como a um tratamento mais custo-efetivo do CaB.