39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

EPIDEMIOLOGIA BRASILEIRA DO CANCER DE PROSTATA: UMA REVISAO DE LITERATURA

Introdução e Objetivo

O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais comum entre os homens. Ele acomete de forma heterogênea, o que imprime variação geográfica nas taxas de incidência e mortalidade ao longo do globo. Assim, buscou-se analisar a epidemiologia do câncer de próstata no Brasil, haja vista o impacto da patologia sobre a morbimortalidade masculina.

Método

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados UpToDate e PubMed com os descritores “câncer de próstata”, “epidemiologia” e “fatores de risco”. Foram selecionadas publicações relevantes ao tema, em língua inglesa, datadas a partir de 2018 e citadas, pelo menos, quatro vezes em outras produções. Para a epidemiologia no Brasil, fez-se uma análise retrospectiva dos dados consoante informações dos institutos nacionais de pesquisa.

Resultados

As neoplasias de próstata são mais diagnosticadas em países desenvolvidos, decorrente da extensa triagem do antígeno específico da próstata (PSA) nesses locais, o principal método para diagnóstico de câncer de próstata. Já em países subdesenvolvidos, há maiores taxas de mortalidade por caso, decorrentes do diagnóstico tardio, tendo em vista a deficiência na triagem de PSA. Dentre os fatores de risco para a doença, destacam-se: idade avançada, descendência africana, histórico familiar, predisposição genética, obesidade e tabagismo. Em âmbito mundial, estima-se que em 2040 sejam diagnosticados 2.293.818 novos casos, um aumento de 55% de diagnósticos com relação a 2018, quando registrou-se 1.276.106 novos casos no mundo. No Brasil, ao excluir o câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata foi o mais incidente nos homens, representando 30% dos casos de neoplasia nesse sexo em 2022, com 71.730 novos casos. Esse cenário retrata um aumento de 65% de incidência em relação ao ano de 2005, quando houve 46.330 novos casos registrados. Ademais, a doença levou 15.841 homens ao óbito em 2020, sendo o segundo câncer com maior mortalidade masculina naquele ano.

Conclusão

O câncer de próstata é complexo e possui fatores de risco bem estabelecidos. Os avanços na triagem de PSA podem melhorar de maneira significativa a sobrevida dos pacientes, pois a mortalidade nesses casos está relacionada ao diagnóstico tardio. No Brasil, além de a neoplasia de próstata ter aproximadamente 72 mil novos casos no ano de 2022, observou-se um aumento demasiadamente expressivo de incidência da doença no último ano em relação a 2005, o que pode significar um progresso nos diagnósticos em esfera nacional.

Área

Uro-Oncologia

Instituições

Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

LEONARDO VIEIRA BUBLITZ, ANA CAROLINA MELERO DE PAULA, BEATRIZ CASSEL CORRÊA, JÚLIA BEATRIZ DA SILVA FURTADO, TALES MATEUS RACHOR, LOURENÇO BITENCOURT SARTORI, EDUARDA HENN, ELIZANDRA ANDRÉIA WOYCIEKOSKI, FERNANDO GONZALEZ MACIEL, PAULO ROBERTO LASTE