39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA MALIGNA DA PROSTATA: UM ESTUDO EPIDEMIOLOGICO DA DOENÇA NO NORDESTE BRASILEIRO

Introdução e Objetivo

A neoplasia maligna da próstata é o um dos maiores acometimentos cancerígenos no sexo masculino no mundo, correspondendo a cerca de 30% do total dos cânceres nesse público. No Brasil, os índices epidemiológicos diferem nas regiões e entre os estados de cada uma. Nesse contexto, o estudo da morbimortalidade do câncer de próstata no Nordeste  é relevante devido à carência de informações específicas sobre os estados da região e seus comparativos, além das particularidades socioeconômicas e de acesso à saúde intrarregional. Assim, este estudo tem por objetivo analisar comparativamente dados epidemiológicos das populações dos estados do Nordeste do Brasil relacionados à neoplasia maligna da próstata entre os anos de 2017 e 2021. 

Método

Configura-se como um estudo ecológico retrospectivo com dados de incidência e mortalidade em decorrência do câncer de próstata por local de residência. Os dados foram colhidos da plataforma DATASUS, referentes ao período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021 dos estados da região Nordeste. Considerou-se o diagnóstico C61 (neoplasia maligna da próstata) da CID-10. Os dados foram obtidos pelo TabNet, aplicando-se critérios como raça e faixa etária, sendo, posteriormente, organizados e analisados por meio da plataforma Microsoft Excel.

Resultados

Durante o período dos 5 anos alvo deste estudo, o número de internações devido à doença foi de 38.575 pacientes em uma crescente entre os anos de 2017-2019,  decrescente deste ano até 2020 e voltando a crescer até 2021, sendo a incidência maior no estado da Bahia e menor em Sergipe. Nas taxas de mortalidade, encontrou-se uma média de 2,4 óbitos por 100.000 habitantes, sendo a maior na Paraíba e a menor no Piauí. Quanto à letalidade, encontrou-se uma taxa média de 8,6, sendo a maior em Sergipe e a menor no Piauí. Quanto ao critério de raça, notou-se que os óbitos na população parda foi superior às demais (58,31%). Em contrapartida, quanto à taxa de letalidade, houve apenas uma discreta variação entre as raças. No recorte por faixa etária, os dados indicaram uma crescente mortalidade com o aumento da idade, com pico entre os 70 e 79 anos.

Conclusão

Os dados obtidos evidenciam uma disparidade entre os estados em relação às taxas de mortalidade e de letalidade, assim como avaliado no critério de raça, o que pode estar relacionado com os diferentes índices de desenvolvimento humano dos estados e características socioeconômicas de cada grupo estudado. 

Área

Uro-Oncologia

Instituições

UFPE - Pernambuco - Brasil

Autores

MATHEUS SAMPAIO SERRANO, TIAGO ANDRADE MONTEIRO, GUILHERME JOSE GOMES, MATHEUS VINICIUS SANTOS, JOÃO PEDRO SANTOS DE CARVALHO, KARINA DA SILVA BRASIL, DANILO MICAEL DA SILVA, JULYA HELLEN AZEVEDO, JOÃO MARCOS ASSUMPÇÃO, GABRIELA ALBUQUERQUE MELO