Dados do Trabalho

Título

APLICAÇAO DA RADIOFREQUENCIA PARA TRATAMENTO DA DISFUNÇAO ERETIL DE ORIGEM VASCULAR: UM ESTUDO PILOTO

Introdução e Objetivo

Atualmente, os tratamentos convencionais para disfunção erétil (DE) apresentam efeitos adversos e contraindicações que dificultam a adesão dos pacientes. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo avaliar o efeito da Radiofrequência na melhoria da função erétil em homens com Disfunção Erétil de origem vascular.

Método

O estudo é experimental, prospectivo e cego, foi aprovado pelo CEP do Hospital Universitário Onofre Lopes/UFRN, CAAE 58825822.5.0000.5292. 5 pacientes portadores de Diabetes com DE vasculogênica foram recrutados por conveniência. A avaliação foi composta por uma ficha estruturada e pelo Índice Internacional de função erétil (IIEF-EF). Os pacientes foram submetidos a 12 sessões de Radiofrequência não ablativa com 650 KHZ, atingindo uma temperatura de 38°C e aplicada nos corpos cavernosos, crura e raiz peniana por 4min em cada região, totalizando 20 minutos, 1 sessão por semana.

Resultados

A média de idade dos pacientes foi de 61 anos. A função erétil avaliada através do questionário IIEF-EF antes do tratamento obteve média de 9,6 pontos, com um desvio-padrão de 4,3. Após as 12 sessões, a média foi de 17,6 pontos, com desvio-padrão de 5,4. Isso representa um aumento médio de 8 pontos, equivalente a um aumento de 83% em relação aos resultados pré-tratamento. Os resultados individuais de cada paciente estão demonstrados na Tabela 1. A diferença mínima clinicamente importante (DMCI) do escore IIEF-EF em pacientes com DE é de 4 pontos. Entre a amostra estudada, 4 pacientes atingiram o DMCI, indicando que a melhora da função de ereção após o tratamento foi clinicamente relevante. Não foram registrados eventos adversos nem complicações durante ou após o tratamento. Tabela 1: Resultado do IIEF-EF por Paciente Paciente IIEF-EF pré-tratamento IIEF-EF pós-tratamento Variação 1 6 19 +13 2 8 22 +14 3 16 23 +7 4 6 11 +5 5 12 13 +1  

Conclusão

Os resultados deste estudo sugerem que o tratamento com Radiofrequência pode ser uma opção terapêutica segura, eficaz e livre de efeitos adversos para pacientes com DE de origem vascular. Apesar de promissor, é importante ressaltar que são necessários estudos adicionais para confirmar a eficácia deste tratamento.