Dados do Trabalho

Título

ANALISE DO ESPERMOGRAMA INICIAL POS REVERSAO DE VASECTOMIA COM VASO-VASO ANASTOMOSE: ESTUDO RETROSPECTIVO E TRANSVERSAL

Introdução e Objetivo

A vasectomia é um método contraceptivo definitivo escolhido por 6 a 8% dos casais ao redor do mundo. Trata-se de um procedimento simples e com elevadas taxas de sucesso. Ainda assim, 6 a 7% dos pacientes submetidos a vasectomia  em algum momento optam pela reversão do procedimento. Os motivos elencados na literatura para justificar essa escolha são diversos, embora tenham em comum o desejo reprodutivo. O intervalo entre a vasectomia e sua reversão é o fator prognóstico mais importante para o sucesso. Outros fatores referem-se à idade da parceira e à técnica utilizada. Desde o surgimento e aperfeiçoamento das técnicas microcirúrgicas, 85-90% dos homens voltam a ter espermatozóides em seu sêmen. Objetivo: Analisar a presença de espermatozóides no espermograma inicial de indivíduos submetidos a reversão de vasectomia.

Método

Estudo descritivo transversal retrospectivo incluindo pacientes que realizaram reversão de vasectomia, pela técnica de vaso-vasonastomose em serviço privado de Recife - Pernambuco. Dados coletados de prontuário eletrônico, de procedimentos de reversão de vasectomia realizados entre 2017 e 2023.

Resultados

Amostra composta por 39 pacientes do sexo masculino, com média de idade de 40 anos. O intervalo entre a vasectomia e a reversão variou de 3 meses a 25 anos, com uma média de 7 anos. Dos pacientes analisados, 89.8% tiveram a presença de espermatozóides no espermograma inicial, realizado três semanas após a cirurgia, havendo uma variação na concentração de 120 mil até 119 milhões de espermatozoides por mililitro, com uma média de 33,6 milhões (desvio-padrão 31,5). Percentual de 10.2% da população estudada apresentou azoospermia ou presença de raros espermatozóides na primeira amostra seminal no pós-operatório.

Conclusão

A vaso-vasoanastomose microcirúrgica é uma técnica que apresenta bons resultados na recanalização dos ductos deferentes após a vasectomia. Este trabalho mostrou resultados semelhantes aos dados da literatura mundial, sendo necessário o seguimento destes pacientes para verificação das taxas de gravidez e de nascidos vivos, além da possível necessidade de técnicas de reprodução assistida.