39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

STATUS HEMODINAMICO TRANSOPERATORIO E FUNÇAO RETARDADA DO ENXERTO: ANALISE DE 42 CASOS CONSECUTIVOS DE TRANSPLANTE RENAL

Introdução e Objetivo

Introdução O Transplante Renal é o tratamento de escolha em pacientes com doença renal terminal. Está associada a melhor qualidade de vida, melhor relação custo/benefício e possivelmente maior sobrevida.  A Função Retardada do Enxerto (DGF) é uma complicação comum, e leva a um maior risco de rejeição aguda e menor sobrevida do enxerto. Além disso, está associada a tempo prolongado de internação, aumento de custos e piores resultados a longo prazo. É razoável que nos esforcemos para minimizar esse processo, uma vez que a longevidade do enxerto e a sobrevida do paciente estão diretamente ligadas à sua ocorrência. Objetivo Avaliar a correlação entre o estado hemodinâmico transoperatório e o desenvolvimento da função retardada do enxerto (DGF) em pacientes submetidos a transplante renal. 

Método

Foram analisados ​​42 transplantes renais consecutivos entre maio de 2021 e maio de 2022 em um Hospital Universitário. Foram avaliados quatro tipos de variáveis. Variáveis ​​dos receptores: idade, sexo, raça, tipo de diálise, tempo de diálise antes do transplante e diurese residual. Variáveis ​​do doador: idade, nível de creatinina sérica, causa do óbito, raça, lateralidade do rim (rim direito ou esquerdo), solução de perfusão e Kidney Donor Profile Index (KDPI). Variáveis ​​cirúrgicas: tempo de isquemia fria (CIT), multiplicidade vascular, cirurgião, duração da cirurgia e pressão arterial durante o procedimento. Variáveis ​​imunológicas: Anticorpos reativos ao painel (PRA), incompatibilidades de HLA e necessidade de terapia de indução com globulina antitimócito.  

Resultados

Tipo de diálise (hemodiálise) (p=0,004) e ausência de diurese residual (p=0,011) foram significativos no desenvolvimento de DGF. Entre os doadores, apenas a lateralidade do rim (rim direito) foi estatisticamente significativa (p=0,005). O tempo de isquemia fria maior que 24 horas (p=0,022), pressão arterial sistólica (PAS) menor que 130 mmHg na reperfusão (p<0,001), pressão arterial média (PAM) menor que 80 mmHg na reperfusão (p<0,001) , e PAM média pós-reperfusão (p=0,049) foram os fatores cirúrgicos significativos para DGF. Apenas PAM < 80 mmHg (p=0,004) e PAS < 130m mmHg (p=0,005) foram fatores de risco independentes para DGF

Conclusão

Nesta pesquisa, a perfusão renal ideal, evitando a queda da pressão arterial no transoperatório, principalmente após a reperfusão do enxerto, é fundamental para o funcionamento imediato do rim

Área

Transplante Renal / Miscelânea

Instituições

Hospital Universitário Cajuru - Paraná - Brasil

Autores

VITAL BURKO, BRUNO DE FIGUEIREDO PIMPAO, SILVIA REGINA HOKAZONO, FERNANDO MEYER, TIAGO ORMELEZ RUAN ORMELEZ RUANI, ROGERIO DE FRAGA, LUCAS ROSSATO CHRUN, AMANDA SIMONE CAMARDO DE MORAIS ROCCO