Dados do Trabalho

Título

TRATAMENTO CIRURGICO DA INCONTINENCIA URINARIA NO BRASIL ENTRE 2018 A 2023: ESTUDO RETROSPECTIVO.

Introdução e Objetivo

A incontinência urinária é um problema de saúde amplamente encontrado em todas as faixas etárias e em ambos os sexos. No entanto, sua prevalência é maior em mulheres devido a fatores anatômicos e obstétricos específicos, como a presença da uretra mais curta e o impacto do ciclo gravídico-puerperal. Por outro lado, nos homens, pode estar relacionada a diversos fatores, como o envelhecimento, doenças prevalentes na terceira idade. A presença da IU não apenas causa desconforto físico e limitações nas atividades diárias, mas também afeta significativamente a qualidade de vida dos indivíduos. Para um diagnóstico adequado, é fundamental realizar uma avaliação clínica detalhada, podendo ser complementada por exames específicos, como a avaliação urodinâmica da bexiga e da uretra. Este estudo objetiva avaliar a incidência do tratamento cirúrgico da incontinência urinária no Brasil entre 2018 e 2023.  

Método

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, transversal e de abordagem quantitativa. Foram analisados números de Tratamento cirúrgico da incontinência urinaria via abdominal, “0409010499” e Tratamento cirúrgico da incontinência urinária por via vaginal, “0409070270”, entre janeiro de 2018 a janeiro de 2023, coletados do DATASUS.

Resultados

Entre janeiro de 2018 a janeiro de 2023, foram realizadas 25.521 cirurgias totais para tratamento de incontinência urinária. A região de maior incidência foi a Sudeste com 12.350 (48,39%) procedimentos, seguida da região Sul com 5.968 (23,38%) em contraste com a de menor incidência na região Norte com 1.110 (4,35%) cirurgias. A via cirúrgica corretiva mais utilizada nesse período foi a vaginal com 22.598 (88,55%) casos.

Conclusão

Foi observada uma incidência significativa de cirurgias na região Sudeste, seguida pela região Sul, enquanto a região Norte apresentou a menor incidência. A via de correção vaginal foi a mais utilizada durante o período avaliado. Essa preferência pode ser atribuída à eficácia dessa abordagem no tratamento da incontinência urinária, bem como a outros fatores, como a disponibilidade de especialistas e a experiência dos profissionais de saúde em realizar esse tipo de intervenção. O tratamento da IU pode envolver diferentes abordagens, como medidas conservadoras, farmacológicas e cirúrgicas. O diagnóstico precoce, o rastreamento adequado e o tratamento individualizado são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e minimizar os efeitos negativos dessa condição.