Dados do Trabalho

Título

COLOCAÇAO DE STENT EXTRAVASCULAR EM SINDROME DE QUEBRA NOZES COM AUXILIO DE CIRURGIA ROBOTICA

Introdução e Objetivo

A definição da síndrome de quebra-nozes é a compressão da veia renal esquerda pela artéria mesentérica superior em sua passagem entre  esta e a aorta. Quanto ao quadro clínico desses pacientes variam de acordo com o grau de compressão da veia, sendo alguns assintomáticos e outros com sintomas como hematúria micro ou macroscópica, hipertensão renovascular, dor lombar ou em flancos, varizes pélvicas, sintomas de disfunção autonômicas. O diagnóstico é feito com exames de imagem, sendo angiotomografia, angioressonância ou usg doppler . Quanto ao tratamento podemos ser conservador em pacientes oligosintomáticos, ou cirúrgico em pacientes mais sintomáticos ou refratários a medicação. Uma opção no tratamento cirúrgico que tem cada vez crescido mais, com diminuição significativa de morbidade seria a utilização de técnicas vídeolaparoscópicas com ou sem o auxílio da tecnologia robótica para a correção. Dessa maneira trouxemos um caso em que foi realizado uma colocação de um stent extravascular com auxilio de cirurgia robótica, mostrando a aplicabilidade da técnica e o bom resultado cirúrgico após.

Método

Colocação de stent extravascular com auxílio de cirurgia robótica em hospital privado da cidade de São Paulo.

Resultados

A paciente do sexo feminino de 68 anos, médica,  já tinha o diagnóstico da síndrome há 10 anos – porém devido a uma perda de peso recente evoluiu com dor lombar refratária a tratamento cínico e hipertensão. Em exame de imagem veia renal esquerda pérvia, apresentando redução luminal acentuada por compressão no espaço aortomesentérico. Distância aortomesentérica de 3,7 mm e ângulo aortomesentérico 20,4º . Procedimento cirúrgico então indicado, o posicionamento e colocação dos trocaters foram semelhantes a uma nefrectomia esquerda robótica convencional. Realizado dissecação do cólon, acesso ao hilo em toda extensão, e exposição de veia renal até inserção na veia cava inferior. Identificada a aorta e a artéria mesentérica superior. Após realizado ligadura de uma veia lombar, veia gonadal e veia adrenal. Medida da extensão da veia renal desde a cava até o seio renal e confeccionado prótese de PTFE do mesmo tamanho, a qual foi colocada envolvendo a veia e prevenindo a compressão da artéria mesentérica superior. No segmento pós operatório da paciente ela apresentou resolução total da hematúria, suspensão das medicações anti-hipertensivas, e  da dor lombar.

Conclusão

A cirurgia robótica é uma alternativa mais precisa pela visualização 3D e possibilidade de suturas mais elaboradas.