Dados do Trabalho

Título

VALIDAÇAO DE FACE E CONTEUDO DE SIMULADOR REALISTICO PARA TREINAMENTO DE CISTOSTOMIA SUPRAPUBICA

Introdução e Objetivo

A retenção urinária aguda é uma das emergências urológicas mais comuns. Quando há impossibilidade de realizar drenagem urinária por via uretral, está indicada a cistostomia suprapúbica, amplamente realizada na prática clínica e que deve ser competência básica de todo urologista e cirurgião geral. Mesmo sendo um procedimento básico, a cistostomia por punção não é isenta de complicações. Diante disso, é necessário aprimorar o treinamento prático para médicos residentes e a simulação emerge como uma solução segura, livre de consequências para os pacientes. Este estudo tem como objetivo validar um modelo simulador realístico, de baixo custo, para treinamento da cistostomia suprapúbica com trocarte.

Método

Trata-se de um estudo transversal de validação. Participaram 21 médicos urologistas da cidade de Natal. Critérios de inclusão: ser médico com residência médica em urologia; ter domínio sobre a técnica da intervenção.      Os participantes realizaram o procedimento em ambiente simulado, com presença de pesquisador e após responderam um questionário semiestruturado com questões com escala de Likert, de 1 a 5 pontos, as quais corresponderam a 3 domínios: realismo anatômico, utilidade do simulador como ferramenta de treinamento e impressão geral sobre o simulador.  

Resultados

Participaram do estudo 21 médicos, com tempo de atuação como urologista de 10,1 anos e com uma média de 11,2 cistostomias realizadas por ano. No primeiro domínio, realismo anatômico, tivemos média de 4,24 nas respostas. Em utilidade do simulador como ferramenta de treinamento obtivemos média de 4,76. Já no que avaliava a impressão do simulador obtivemos 4,74 de média.

Conclusão

Nesse estudo, os especialistas validaram o simulador em face e conteúdo. Acreditam que o simulador é útil para o ensino da cistostomia suprapúbica. O simulador foi considerado realista, é reutilizável e tem custo aceitável. Sugere-se que o simulador seja incorporado aos currículos de instituições de ensino médico, sobretudo em urologia, levando a um treinamento eficaz e consequente aumento da confiança dos profissionais em formação.