39° Congresso Brasileiro de Urologia

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO DO ENSINO DE SAÚDE SEXUAL NA GRADUAÇÃO EM MEDICINA: A PREPARAÇÃO PARA O ENSINO E ABORDAGEM NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE

Introdução e Objetivo

A sexualidade constitui um aspecto central na vida dos seres humanos e está diretamente atrelada à sua saúde integral. A disfunção sexual está presente em cerca de 43% das mulheres e 31% dos homens, porém, inquéritos realizados com médicos mostram que 50 a 72% dos ginecologistas, urologistas, psiquiatras e clínicos gerais sentem dificuldade em abordar tal aspecto e não investigam de forma regular a saúde sexual de seus pacientes. Considerando o impacto na saúde e qualidade de vida dos indivíduos que possuem problemas sexuais, é imprescindível que alunos do curso de medicina e médicos se sintam confortáveis e preparados para conversar sobre sexualidade e tratar os pacientes em sua totalidade.Objetivo -Investigar o ensino e a abordagem prática da saúde sexual na graduação em medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas nos últimos dois anos de graduação, a fim de detectar defasagens que justifiquem a dificuldade em discutir sobre tal aspecto com os pacientes. 

Método

Estudo descritivo e transversal em andamento incluindo alunos do curso de graduação em medicina com idade acima de 18 anos que estejam cursando o quinto ou sexto ano. Anonimamente e após leitura do termo de consentimento livre e esclarecido, responderam o questionário online composto por questões objetivas relacionadas a abordagem teórica e prática no curso de graduação de medicina e o conhecimento que adquiriram, proporcionando segurança para abordar sobre sexualidade com seus pacientes. 

Resultados

Responderam ao questionário até a presente data 41 alunos, sendo 98% cursando o 5 ano (Grafico 1).

82,9% dos alunos relatam terem recebido aulas sobre medicina sexual e ênfase maior sobre temas sexuais femininos (Grafico 2).

Quando questionados sobre seu nível de conhecimento para discutir sobre problemas sexuais com seus pacientes, apenas 17,9% se sentem preparados e seguros para tal abordagem durante consulta médica (Grafico 3).

A justificativa dada pelos estudantes foi a falta de conhecimento sobre o assunto, inexperiência teórica e, sobretudo, prática.(Grafico 4)

Conclusão

Os resultados obtidos até o momento evidenciam a fragilidade do ensino em relação a medicina sexual e, consequentemente, na abordagem de tais aspectos com os pacientes. Desta forma, faz-se necessário enfatizar, encorajar e debater a respeito da importância da saúde sexual desde a graduação e incentivar as abordagens teóricas e práticas sobre medicina sexual durante o curso.

Área

Uro-Oncologia

Instituições

UNICAMP - São Paulo - Brasil

Autores

ANGELA MARIA ELIZABETH PICCOLOTTO NACCARATO, MARIA LUIZA RIBEIRO, MARIA EDUARDA MARINHO DE CASTRO NEGREIROS, IVAN MUMIC SILVA, UBIRAJARA FERREIRA, WAGNER EDUARDO MATHEUS, FERNANDES DENARDI